TEMPOS QUE JÁ LÁ VÃO...
Marco Aurélio Chagas
Os comerciais da TV
chamavam nossa atenção.
Eram simples e criativos,
tocavam o coração!
“Já é hora de dormir
Não espere mamãe mandar
Um bom sono pra você
E um alegre despertar.”
E quem não se lembra disso!
Pontualmente às nove horas
passava esse comercial:
Cobertores Parahyba!
“Sua casa tem barata?”
“Então não vou lá”, dizia
o comercial curto e grosso.
É o FLIT na freguesia.
FNM é o caminhão
que rodava o dia inteiro,
e transportava o progresso
na mão do caminhoneiro.
Quem não se lembra da FLÁMULA
dos times de futebol.
A do Coelho e do Cruzeiro
e a do Galo maioral.
Era a minha preferida.
A MONARK PNEU BALÃO.
E eu sempre quis ter uma,
mas só na imaginação.
Foi a ITACOLOMI
a TV da minha infância.
O indiozinho tão simpático,
dos meus tempos de criança.
A camisa VOLTA AO MUNDO,
não amassava, impecável.
Uma invenção sem igual
era um sucesso novel.
E a caixinha azul de ANIL
deixava a roupa quarada
bem branquinha, quase azul,
depois de bem enxaguada.
Personagem d’ O CRUZEIRO,
a revista semanal.
O AMIGO DA ONÇA era
o de mais sensacional.
Nas agências dos correios
usava-se com um pincel
uma tal de GOMA ARÁBICA
pra colar selo ao papel.
O noticiário da noite
era o REPORTER ESSO,
um programa de notícias
que fazia um sucesso.
O anúncio CASAS DA BANHA
“açúcar é energia!”
Diziam com veemência
três porquinhos com alegria.
Quem não teve um VULCABRÁS!
Um calçado resistente,
engraxado com NUGGET
ficava bem reluzente.
Da CARTILHA não me esqueço,
que se chamava LILI.
Nela “IVO VIU A UVA”,
primeiras coisas que li.
A latinha de NEOCID
era toda amarelinha,
seu pó matava os insetos.
Pequenina e redondinha.
Meu cabelo era cortado,
tipo PRÍNCIPE DANILO.
Já não era criancinha.
Não sabia o que era aquilo.
As provas lá do colégio
eram feitas num papel
ALMAÇO, folha pautada,
e vendida a granel.
As crianças hoje em dia
FRANGO VIVO não conhecem,
e as travessuras da infância
todas elas desconhecem.
Você sabe o que é DECALQUE?
Colava-se no caderno.
Tinha o de flores e plantas.
É o que havia de moderno.
No princípio era o GRUDE,
colava tudo em geral,
depois veio o ARALDITE,
uma cola especial.
Antigamente chovia
e a GALOCHA era usada
calçada sobre os sapatos.
Era uma coisa engraçada!
Baralho do MICO PRETO
o recordo com saudade.
Nele soube que o bode
era o marido da cabra.
São lembranças dessa idade!
Papai tinha uma CALÇADEIRA,
pois difícil era calçar
sapatos naquela época
e servia pra ajudar.
O alpendre de minha casa
tinha o chão todo vermelho.
Usava-se o ESCOVÃO,
dava brilho como espelho!
A tia Eleonora
as crianças reunia
e projetava SLIDES,
era uma só alegria.
Do mês de julho eu me lembro,
passeando de JAPONA,
agasalho meio cinza,
que hoje seria cafona.
Lá estava o QUEBRA-QUEIXO,
um doce no tabuleiro,
no colégio, na saída,
de coco, com forte cheiro.
BOLINHA e LULUZINHA,
das revistas em quadrinho,
delas lembro com saudade,
do TARZAN e do REIZINHO.
***
4 comentários:
Gostei muito, otimo esse!!! Beijo da filha da tia Eleonora!
O objeto mais engraçado é a galocha. Mas era muito útil porque,naquela época, andava-se muito a pé. Beijos da mãe da filha da tia Eleonora.
Boas lembranças!! A vida continua e as boas recordações e as saudades nos remetem a um futuro mais feliz! Com um abraço amigo, Agostinho Moreira
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